MUSEU DA MEMÓRIA: APRENDER A VOTAR
Acima: “Dito e feito”. O pior aconteceu. Arnaldo Jabor antecipa o apocalipse econômico brasileiro
“Em Direito nós chamamos de "VISÃO HOLÍSTICA". (..) A questão é: quem governará melhor o país, ou seja, quem conseguirá um equilíbrio político capaz de combater a corrupção, represar a inflação, estimular a economia, fazer uma efetiva distribuição de renda, aperfeiçoar nossas relações internacionais e principalmente garantir o BÁSICO para todos os brasileiros, ou seja, o conteúdo jurídico-político-social que encontramos no preâmbulo perfeito esculpido pelo legislador constituinte originário de nossa Constituição?” Thiago Castilho, minhas pérolas políticas
Os autos históricos testemunham que a Grécia Antiga nos legou a democracia. Etimologicamente Democracia significa “governo do povo”. Num país onde o voto é compulsório e os eleitores despolitizados, milhões ainda passam fome, os índios são uma raça em extinção e uma emissora de televisão metaboliza e manipula a formação de opinião das massas, o que podemos esperar de fato de nossa democracia degelada?
Síndrome de Estocolmo (Stockholmssyndromet em sueco) é o nome comumente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida há um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.
Nossas opções são: Aécio, para seus críticos nada além dum político predador, tirânico e sofístico. Dilma, para seus desafetos nada além duma presidente medíocre, clonada e conivente com a corrupção. Serão? Voto nulo? É um direito seu... desperdiçado. “Escolher é excluir.” segundo Bergson. Assim, é imperativo tomar partido, sem neutralidade natimorta e arcar com as consequências duma eventual escolha errada. Por outro lado, podemos apostar todas as nossas fichas no lado certo e ganhar com glória.
Após analisar os atraentes argumentos das partes conclui, na minha distópica opinião, que o melhor para o Brasil ainda é o governo da presidente Dilma-PT-13. Por que, amados? Primeiro porque em matéria de política penso que todos só pensam em seus próprios interesses. A venenosa verdade: eu não sou diferente. Justamente há 12 anos eu adoeci por falta de expectativas. Mas minha vida pessoal não vem ao caso. É a vida do Brasil que está em jogo. Segundo porque estou convencido de que quando se senta no trono a primeira pergunta que o rei se faz é: quem me pôs aqui? O Brasil não é outro EUA porque o FHC, o Lula e a Dilma são canalhas. Ora, não é porque não poder ser. Se os meios são limitados serão destinados a dessedentar as demandas de meus eleitores.
“As pessoas felizes no Brasil seriam aquelas que acreditam profundamente, e muitas pessoas acreditam, que a corrupção está a cargo de um só partido no país e que bastaria tirar esse partido do poder para que o reino da justiça e da igualdade se instalasse no país. São pessoas que substituíram o culto do papai Noel pelo culto da corrupção isolada.” Leandro Karnal
Assim, ponderando que é tarde para acreditar quais virgens apaixonadas em promessas incumpríveis e considerando que a prioridade desse país ainda recaí sobre o combate a pobreza e a concretização da distribuição de renda, ou seja, a metamorfose de pobres em classe média, considerando que alternância no poder sem alternância na mentalidade nada faz, considerando que se posto em prática o ideal “Igualdade de oportunidade para todos os brasileiros e combate sem trégua a corrupção” pode elevar com ética nossa qualidade de vida sociopolítica e econômica, eu prefiro o Plano de Governo da Dilma.
Não sou ingênuo de pensar politicamente que Dilma é Deus e Aécio é o diabo. Ambos são humanos, tem a mesma profissão e aspiram a mesma coisa: o poder da presidência. Porque sinceramente nisso de política desço ao inferno com Fournie “O que os partidos políticos dizem uns dos outros é, justamente, o que penso de todos eles.”. Gozou, amor?
Imperdível: palestra política de Clóvis de Barros Filho e Sérgio Praça sobre a corrupção: parceria degenerativa.
Talvez para tudo, mas principalmente para se governar bem um país devamos nos fazer estas questões fundamentais: quais são nossos problemas e como saná-los? Quais são nossos objetivos e como realizá-los? Quais são nossos recursos e como otimizá-los? Mas o melhor para o Brasil mesmo é o fortalecimento de suas instituições democráticas para que assim como nos EUA não importe casualmente quem será o novo presidente, pois o país continuará funcionando e se desenvolvendo, vença quem vencer as eleições.
Duas idéias insones: aquele a quem escolhemos pode nos trair e o outro nos surpreender. Seja quem for, boa sorte ao novo Presidente da República Federativa do Brasil. Lembre-se do que disse Freud “Não existe sorte, mas o que você faz.”. Adiante!
Acima: a imortal canção "Brasil" de Cazuza
“Eu fui estúpida. Eu fui tão estúpida!” Do filme Um olhar do paraíso
Talvez Drummond tenha razão. Talvez nenhum Brasil exista. Talvez sejamos apenas ficções fantasmagóricas falidas emparedadas numa espiral de eternidade estéril. Talvez. Mas eu tenho esperança que um dia esse país terá ética e vergonha na cara. Talvez.
“Se eu pudesse definir tudo isso numa palavra: DEPRAVAÇÃO!” Cisne Negro