Futurama 2 - vinte anos mais tarde...
Em 1964, a Feira Mundial regressou a Nova Iorque, cerca de 20 anos volvidos sobre o primeiro evento. Aproveitando o ensejo, a GM marcou novamente presença com o seu pavilhão onde voltou a visitar o futuro com a exposição Futurama II, numa versão actualizada e melhorada. Desta vez, porém, a sua previsão não teve o alcance de duas décadas da anterior edição, nem o tema se limitou às cidades e às estradas: o futuro que se propôs idealizar situou-se à distância de 60 anos, em 2024, e o mundo imaginado contemplou a conquista espacial, na qual a nação americana se lançava então com todas as suas forças e entusiasmo.
Tal como na primeira edição, a exposição estava albergada num edifício cujas linhas futuristas e aerodinâmicas lembravam a nave estelar Enterprise, da série StarTrek. O ritual de visita mantinha-se, com o público a percorrer o espaço sentado em cadeiras que rolavam sobre uma linha de comboio, de onde podia observar os enormes modelos à escala reduzida e os diaporamas que eram exibidos. Havia simulações de cidades subaquáticas, de bases na Antárctica e até na Lua. Ainda sem qualquer consciência ecológica, mostravam-se orgulhosamente grandes desflorestações na selva amazónica para construir estradas e cidades, bem como zonas de cultivo nos desertos.
Mais de 26 milhões de pessoas visitaram esta exposição única e, tal como na primeira edição, recebiam uma tarjeta dizendo "Eu vi o futuro". E, provavelmente, muitos dos que viram o futuro em 1964 não sobreviverão para ver o futuro de 2024; os que lá chegarem, todavia, já não esperam por certo encontrar o mundo maravilhoso e perfeito que lhes prometeu a visão optimista de Futurama.