O Museu Guggenheim faz 50 anos
guggenheim em 1959 - foto:George Heye/getty
Guggenheim é sinónimo de arte. Quando o dono deste nome se reformou da sua própria empresa em 1919, estava longe de pensar que o seu hobby de coleccionador de arte viria a transformá-lo no criador de uma das maiores fundações de arte do mundo e de um dos mais importantes museus de arte contemporânea: o Museu Soloman R. Guggenheim.
Frank Lloyd Wright foi encarregado de desenhar este edifício e, depois de 700 esboços, entregou o projecto final, que acabaria por ser uma das suas últimas obras, mas também uma das mais populares. O arquitecto viria a falecer seis meses antes, sem ver a inauguração do edifício, tal como o criador da fundação, falecido 10 anos antes do evento.
Como muitas das criações de Wright, o Museu Guggenheim prima pelo seu vanguardismo e pela arquitectura orgânica que valoriza os espaços abertos, iluminados naturalmente. Nas suas próprias palavras “comparado com Guggenheim, o Museu Metropolitano de Arte parece um celeiro protestante”.
Frank Lloyd Wright - um home à parte (foto:alfred eisenstaedt/life)
Apesar das censuras, incluindo o New York Times que o considerou uma mutilação da arquitectura e da pintura, o museu tornou-se um marco da arte contemporânea, tendo sido alargado em 1992. Hoje, a fundação cresceu e existem museus Guggenheim também em Veneza, Berlim e Bilbao que consagram o culto da arte não-objectiva. Existem ainda planos para a construção de mais museus no Abu Dhabi (Emigrados Árabes Unidos), Guadalajara (México) e Vilnius (Lituânia).
O museu celebrou as bodas de ouro com duas exposições especiais ao longo do ano: aquisições para a inauguração de 1959 e Kansinsky, esta última ainda a decorrer. O dia foi também assinalado com a entrada gratuita no museu a 21 de Outubro e o primeiro evento musical no espaço, intitulado “It Came From Brooklyn”.
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