e-Learning, a Universidade no seu bolso
A formação online representa já uma boa parte do ensino superior em muitos países. Com tendência clara para o crescimento, o e-Learning poderá tornar-se no ensino do futuro.
Num mundo em que o tempo é o bem mais precioso, o adaptar da formação às necessidades individuais, a possibilidade de estudar em qualquer lugar a qualquer hora, permite alargar os horizontes do ensino tradicional. Liberdade de estudo, flexibilidade de horários, custos reduzidos, e um fácil acesso a diversos conteúdos no país de origem ou no estrangeiro são algumas das maravilhas do e-Learning.
As tendências da Web vão no sentido das redes sociais como o Facebook, hi5 ou o twitter, e baseiam-se na interacção entre utilizadores e na partilha de conhecimentos. A elas recorre o ensino virtual onde, através de um computador portátil ou de um celular, é possível andar realmente com a universidade no bolso.
Talvez por aliciar cada vez mais alunos, as universidades tradicionais abrem agora as portas ao mundo exterior e abraçam a formação online, integrando o e-Learning no seu leque de metodologias de ensino e recorrendo às tecnologias disponíveis na Internet.
O grande destaque vai para outra universidade portuguesa, a Universidade Aberta (Uab), que registou no último ano um aumento de 15% de novas inscrições. Desde a sua fundação em 1988 tem estado integralmente orientada para a educação de grandes massas populacionais geograficamente dispersas através do e-Learning, tendo já “proporcionado formação de nível superior a mais de 10 mil estudantes, em 33 países dos cinco continentes: mais de 9 mil licenciaturas, mais de um milhar de graus de mestre e cerca de uma centena de graus de doutor".
Ainda de forma parcial, são exemplos o MIT (Massachusetts Institute of Technology) nos EUA, com a sua plataforma OCW (OpenCourseWare), ou as Universidades de Aveiro – mais uma vez ligada às novas tecnologias – e Porto, em Portugal. Estas instituições fazem uso das suas plataformas de e-Learning como complemento dos seus cursos tradicionais. No caso do MIT a oferta recai sobre cursos de graduação e pós-graduação online e gratuitos, os quais, no entanto, não conferem qualquer certificado; já as duas universidades portuguesas mencionadas unem a sua oferta formativa à disponibilização online relacionada com a mesma, tendo até disciplinas leccionadas exclusivamente neste modelo de ensino.
Através de plataformas de e-Learning os alunos podem aceder a espaços específicos para cada disciplina. Nestes espaços, além dos conteúdos programáticos, têm acesso a actividades, orientação pedagógica, bem como fóruns onde podem ser discutidas diversas temáticas e ser esclarecidas dúvidas com professores e colegas.
Esta disposição global de recursos e informação, a apresentação de trabalhos em vídeo ou a criação de portfolios online, aliam-se às novas tecnologias, onde tudo se passa sem ser necessária simultaneidade de tempo e espaço entre os intervenientes, mas sem quebrar a interacção entre estudantes e entre docentes e estudantes.
No seu carácter prático, o e-Learning move-se num sentido diferente do ensino tradicional, e ainda que promova a partilha e interacção virtual não parece ser uma ameaça às universidades tradicionais. É, sim, um complemento, um novo recurso, que não substituirá de todo a relação mestre/discípulo, fundamental na aprendizagem e no crescimento pessoal.
Universidade Aberta, Universidade de Aveiro, MIT, Universidade de Harvard. Imagens: 1, 2.