Deixe partir
Na vida, nos deparamos com inúmeras situações que nos esclarecem que a arte de viver não é se contentar com pouco, ou quase nada, mas sim se entender que nos poucos sinceros moram as verdades belas para uma vida resoluta.
E ainda batemos de frente com algumas questões egoístas dos apegos humanos e das inconstantes de cada um que nem sempre resultam em maturidade para uma vida mais resolvida e desinteressada nas questões mais fúteis que podem aparecer.
O ser humano precisa de mais. Nós precisamos de mais.
Nossas vidas precisam de mais decisão, de mais amor, de mais gentileza, de mais respeito e de mais valor, e de se agrupar aos que nos querem bem e nos trazem força de vontade para continuar a caminhada.
Não vale a pena acreditar nas superficialidades que aparecem na vida. Não vale olhar para trás. O que vale é se lembrar daquilo que precisa ser mais profundo, mais vivido e mais integral. Daquilo que alguns (poucos) somente tem para proporcionar, e de que outros estejam aptos a receber.
Se na vida, pelo caminho não se encontrou aquilo que perduraria e que enfim se descobre que o que mais vale mesmo é olhar para si, para quem é e para as suas capacidades, torna-se melhor em deixar essas coisas pelo caminho, para se descarregar bagagens desnecessárias.
O que vale a pena vem como o frescor da manhã, o raio de sol, o cheiro de primavera, os brilhos das estrelas cadentes, as ondas vivas do mar, a lua incandescente, as vozes ternas e os toques sinceros, e se um dia você encontrar alguma coisa diferente disso, deixe que parta, porque no fim fique somente com o que vale.
A felicidade existe, porque ela vem com essa maturidade, que mora em um pedaço de gente que somos, cabendo a cada um encontrar o seu caminho, porque a esperança é a força motriz para olhos sonhadores, e isso sim permanece.
E o resto, ah...deixe que parta.