A famigerada busca pela felicidade
Ilustração por Luiza Veras
Tem um menino, Yoñlu, não sei se vocês conhecem; esse menino, no dia em que se matou, deixou uma carta aos pais e nessa carta ele dizia acreditar que a cadência e a harmonia certas, no momento certo, podiam despertar qualquer sentimento, inclusive o de felicidade nos momentos mais sombrios. Yoñlu se referia à música: era lá que ele se encontrava quando nada mais parecia estar certo. Yoñlu fez da música a sua válvula de escape, como tantas e tantas outras pessoas nesse mundão.
Funciona assim: a gente se agarra àquilo que parece nos deixar mais fortes e fazemos isso por um motivo óbvio: é difícil passar pela vida sem algo para se apoiar. Tem gente que se apoia na religião; Yoñlu se apoiou na música. Eu? Eu me apoiei na escrita. Fiz dela o meu ponto de apoio pois escrevendo eu tenho a sensação de conseguir ordenar todos esses pensamentos que costumam vir descompensados, sem cadência ou harmonia certas. Escrevendo eu tenho a sensação de que as coisas se ajeitam. Escrever me faz feliz.
A questão aqui é procurar um ponto de apoio. Procurem-no. Ao encontrá-lo:
- Certifiquem-se de que seu ponto de apoio é forte o suficiente.
- Agarrem-no com a maior força possível.
- Lembrem-se de que, por mais forte que ele seja, a verdadeira força está dentro de cada um de nós.
A busca pela felicidade é uma busca constante. O caminho pode ser complicado, tortuoso. Cabe a nós (e somente a nós) deixá-lo mais fácil.
Sigamos juntos.