As relações como posse, a religião como governo, e o grito do amor sufocado. Com tamanha enxurrada de informação, todos acreditam ter voz e liberdade de expressão. Novos conceitos de constituição familiar estão na mídia, o casamento gay é ...
Ou a guerrilha dos homens que se sentem ameaçados pelas mulheres que não querem mais se calar. Como funciona a culpabilização e a criminalização da vítima em uma sociedade em que a lei é o machismo.
Jonas, o circo sem lona, a criança interior de cada espectador, o cinema, os sonhos coletivos, Paula, a Plano 3 e toda a poesia que transborda no filme. Os sonhos que nos mantém vivos mas que as vezes deixamos guardados em gavetas.
Devia ter uns dez anos de idade quando meu pai, em uma conversa que não me lembro o contexto, se lamentou que iria morrer sem ver as pessoas conseguirem se comunicar. Aos dez anos, a morte me parecia uma referência intangível e aquela conclusão me foi além de trágica algo que não consegui compreender.
A culpa é de Fidel é um manifesto artístico político de um ponto de vista mais íntimo. A diretora Julie Graves se propôs tratar de um recorte histórico do auge da disseminação dos ideais comunista. Com uma linguagem acessível, mostra um terceiro ponto de vista da história que brinca com os estereótipos, sem valores maniqueístas, uma percepção em transformação, o olhar de uma criança.
O reencontro com a infância através do universo lúdico da palhaça em paralelo ao embate diário com o boicote. Haja paciência, desconstrução e energia para lidar com as crianças presas em apartamentos. Entre as rasteiradas que permeiam essa desorganização organizacional, o conflito de ser o que se quer ser.
Se permitir ser fértil em tempos de crises. Construir uma carreira profissional, engravidar, dividir suas fragilidades e precisar ser forte. As dores, as dúvidas e os prazeres das escolhas pela voz de uma atriz.