10 filmes para quem não tem preguiça de pensar-parte 18
Cena do filme Drácula de Bram stoker
A décima oitava parte da lista começa com um filme de terror. Mais especificamente um filme de terror romântico: gênero raro e muito instigante. Como diria o personagem do cineasta do filme Atame , de Pedro Almodóvar, não existe muita diferença entre amor e terror.
1. Drácula de Bram stoker, de Francis Ford Copolla
Suntuosa versão do romance de Bram stoker, com imagens esteticamente lindas e um clima profundamente assustador e romântico ao mesmo tempo. Gary Oldman está perfeito na pele do atormentado Drácula. O filme nos faz pensar sobre a questão da fé e a intricada dinâmica do amor.
2. À margem da vida, de Paul Newman
Baseado em uma peça teatral de Tennessee Williams, este filme se passa no pós Segunda Guerra Mundial. A trama gira em torno de uma mulher com seu filho e sua filha. Cada um à sua maneira vive à margem da vida. A mulher se ancora nos momentos felizes do passado. O filho se refugia da vida indo ao cinema e a filha extremamente tímida e inábil para tudo que tenta realizar, dedica-se a cuidar de um zoológico de vidro. Um profundo relato sobre a solidão , o desalento e as ilusões.
3. Uma rua chamada pecado, de Elia Kazan
Falando em Tennessee Williams, Uma rua chamada pecado é uma versão mais moralista do texto teatral do grande dramaturgo norte-americano com Marlon Brando e Vivien Leigh nos papeis principais. No pós Segunda Guerra Mundial, mulher sensível, sedutora , bipolar e sem dinheiro se hospeda na casa paupérrima da irmã caçula que está casada com um homem rude, que sente prazer em hostiliza-la. Uma bela metáfora a respeito da reconstrução dos Estados Unidos no pós Segunda Guerra Mundial.
Cena do filme Uma rua chamada pecado
4. Tristana, de Luis Buñuel
Protagonizado por Catherine Deneuve e Fernando Rey, este filme aparentemente simples de Buñuel, se centra numa inocente jovem órfã que se torna amante do seu tutor e com o passar do tempo vai desenvolvendo verdadeiro horror por ele. Como todo filme de Buñuel que se preze vemos nitidamente a feroz e sagaz crítica às instituições. Neste filme especificamente Buñuel falou da importância do trabalho por vocação e mais uma vez investigou o amor-fou com uma boa dose de escárnio.
5. Milagre em Milão, de Vittorio de Sica
Poético e alegórico filme sobre as injustiças sociais e a falta de lugar no mundo para os mais pobres. O filme se assemelha a uma fábula.
6. A filha de Ryan, de David Lean
Misturando elementos comerciais com artísticos, este incompreendido filme de Lean mostra com extrema sensibilidade e riqueza de metáforas o desabrochar do feminino com sua insaciável sede de amor. O fundo histórico é o conflito entre ingleses e irlandeses na República da Irlanda em 1916.
Cena do filme A filha de Ryan
7. Paixão de amor, de Ettore Scola
Baseado no romance Fosca, de Igino Ugo Tarchetti , este filme mostra o angustiante assédio que belo e sensível militar sofre por parte de uma mulher extremamente culta e constrangedoramente doente e feia. Ela está obstinada a fazê-lo se apaixonar por ela. Um filme tenso, melancólico, que ressalta a desesperada fome de amor e aceitação, por meio de uma fotografia escura, interpretações vigorosas e enquadramentos intimistas.
8. Roma, cidade aberta, de Roberto Rossellini
Marco do Neo Realismo italiano, Roma , cidade aberta mostra os horrores da Segunda Guerra por meio da rotina de pessoas comuns.
9. Acossado, de Jean-Luc Godard
Verborrágico , levemente cômico e sutilmente claustrofóbico filme , sobre a incomunicabilidade entre homens e mulheres. Um marco da Nouvelle-vague.
10. De olhos bem fechados, de Stanley Kubrick
Retomando o clima fantasmagórico de O iluminado, De olhos bem fechados mergulha sem pudores nas dicotomias da vida a dois e na busca de sensações que façam sacudir a modorra do cotidiano. Um filme soturno, esteticamente belo e tenso, ideologicamente perturbador.
Cena do filme De olhos bem fechados