O CIÚMES
Ô sentimentozinho complicado esse tal de ciúmes...
Dizem que pode destruir relações, mas como evitá-lo?
Em algum momento da vida, mais cedo ou mais tarde, com mais ou com menos intensidade, ele vai surgir, não tem jeito...
Deve pertencer ao “pacote do amor”, porque não adianta: quem ama zela, cuida, tem medo de perder.
E o ciúmes não deixa de ser a “prevenção da perda”, uma atitude que o nosso corpo e a nossa mente tomam para evitar que o nosso amor se perca nas esquinas da vida, ao ver uma outra alma qualquer...
O problema é quando ele vem exagerado, descontrolado, acompanhado de barracos, desrespeito, briga na frente dos outros... isso é feito e não resolve nada. Melhor conversar sozinhos, entre quatro paredes, nem que seja posteriormente ao “clímax” da situação...
Ele também é um infortúnio quando vem calado, quando fica só dentro do peito de quem dele padece, porque corrói o coração, entristece a alma e acaba não tendo nenhum efeito para a tal “preservação”...
Guarda-se ele muitas vezes para si por medo do que pode causar. A exteriorização do ciúmes pode trazer consigo discussões e desentendimentos, principalmente porque o outro geralmente acha que estamos exagerando, que não há razão alguma para o nosso sentimento, que deve haver “confiança” na relação, etc.
E, falando nisso, não chega a ser uma falta de confiança o tal do ciúmes. Muitas vezes podemos confiar no nosso parceiro, mas não confiamos nas pessoas que o circundam diariamente, nem nas peças que o destino pode nos pregar. Vai saber...
Ninguém está livre de se apaixonar (ou se encantar, se deslumbrar) de uma hora para outra, e mesmo que isso não vá durar para o resto da vida, já pode ferir um amor e acabar com uma relação que eram para ser para sempre...
Então, melhor cuidar, preservar, tentar nem que seja interferir no destino...
Porque não adianta negar: o ser humano tem um tanto de sentimento de posse sobre o ser amado, e essa história de “ninguém é de ninguém” só funciona bem na teoria, porque na prática a coisa é bem mais complicada...
Melhor, assim, aceitar o ciúmes, usá-lo positivamente para o fim a que se destina, procurando, entretanto, evitar excessos para que o efeito não seja rebote, uma vez que o excesso de desconfiança e a perseguição em si têm o condão de, muitas vezes, nos jogar para longe dos nossos amores...
E, vamos combinar: se o outro quiser fazer alguma coisa MESMO, não vai ser o nosso ciúmes que vai impedi-lo. Infelizmente...