Edward Hopper e a solidão
Edward Hopper foi um pintor e artista gráfico norte-americano, nascido na capital financeira do mundo – Nova York – em 1882. Ficou mundialmente conhecido por retratar a solidão contemporânea em suas obras, principalmente em ambientes urbanos, evidenciando assim, que a individualidade do capitalismo nos traz a solidão.
As obras de Hopper retrata a vida moderna americana, focalizando na subjetividade e na solidão urbana, causando no observador um impacto psicológico. Suas obras sofreram influência de psicólogos, como Freud e Bergson. O ambiente nas obras do pintor americano, são paisagens urbanas, porém desertas, com um certo ar melancólico e iluminadas por uma luz “dramática”.
Automat (1927)
Evidenciando a solidão urbana, em “Automat” é retratada a cena de uma mulher sozinha em uma cafeteria, tarde da noite olhando para uma xícara de café. As feições da moça revelam uma mistura de melancolia e exaustão, como quem retorna de um dia exaustivo em um trabalho ao qual não é realizado com gosto, algo comum nas grandes cidades.
Hotel room (1931)
Em “Hotel room”, uma mulher senta-se a cama com um livro. O quarto possui itens mobiliares básicos. As malas estão fechadas, seus ombros curvados sugerem renúncia ou desespero. Segundo Hopper, ela foi abandonada por um amante, é o momento que ela está navegando dentro de si mesma, embora tente fugir lendo um livro, coisa que não consegue.
Room in New York (1932)
A inspiração dessa tela, segundo Hopper, foi um conjunto de impressões que o artista tivera dos vislumbres iluminados das casas e prédios que ele reparava durante suas caminhadas. Essa obra retrata bem o individualismo, até mesmo dos casais que ao invés de estarem fazendo algo juntos estão cada um realizando suas próprias atividades, ele lendo um jornal e ela tentando se distrair com um piano, mas claramente sem qualquer foco.
Nighthawks (1942)
Mais famosa obra de Edward Hopper, que serviu de inspiração para outras obras, assim como para o cinema, artes plásticas e etc. A tela retrata pessoas em um restaurante no fim da noite. Nele não é demonstrado a solidão das pessoas, mas é focalizado principalmente na agitação das grandes cidades, onde há movimento até as altas horas, apesar de não ser percebida movimentação na rua, apenas o restaurante.
Excursion in filosofia (1959)
Obra impactante do artista norte-americano, “Excursion in filosofia” mostra um homem de meia idade tendo um conflito existencial e aparentemente insatisfeito com o trabalho, pelo desânimo ao estar pronto para ir ao trabalho, mas mesmo assim está sentado à cama, sem ânimo. Nem a sua bela namorada ou esposa parece o animar.