Queremos 'dar certo', queremos orgulhar nossos pais, precisamos prestar contas à sociedade, e não tem nada de errado nisso. Mas chegamos à fase adulta tão perdidos, tão distantes de nós mesmos, tão sem identidade, que mesmo diante de conquistas materiais, olhamo-nos no espelho e não sabemos quem somos.
Séculos de lutas e conquistas não apagaram as marcas da forca em nossas gargantas. As cordas ainda machucam nossas mãos atadas atrás do tronco enquanto sentimos o fogo mastigar a nossa pele aos poucos. Ainda temos medo de sermos castigadas por sentarmos de pernas abertas, abandonarmos as raízes, cairmos no mundo, abortarmos fetos, suarmos o corpo de sexos deliciosamente sujos, dançarmos com o vento e de nos amar. Mas será que, nesse contexto todo, nós estamos sendo gentis conosco mesmas ou apenas servindo cegamente aos outros?
Pode ser que a crise tenha mudado seus planos e tudo pareça estar meio perdido no caminho. Mas você ainda pode escolher mergulhar na sua própria crise ou aproveitá-la para respirar mais fundo os novos ares da sua essência. Você é quem escolhe se deve reciclar a sua vida ou jogá-la fora. Agora.
Em tempos de loucura, o presente é um presente. Mergulhamos de cabeça em uma sociedade doente onde viver o agora é um grave desvio de comportamento. Mas, se nos arriscarmos a desviar o olhar para a superfície, veremos um fio de luz que reflete a esperança de ali retornar, botar a cara no sol, voltar a entrar em contato com a natureza, viver os sentimentos na sua mais perfeita harmonia e intensidade: desde os mais acalentadores até os mais apavorantes.
Este texto é escrito para dois leitores: o primeiro, o ser amado; o segundo, você. Você que já desistiu tantas vezes das paixões, acreditando que era o amor o grande vilão da história. Aqui, abro minhas veias para serem percorridas pela sua leitura e faço um apelo: não desista da paixão! Como? Não desistindo do amor.
Descubro o pior da vida observando as pessoas, mas esqueço – sofisticadamente – de observar minhas próprias ações. Não que eu seja má pessoa, longe disso, meu amigo. Mas é que me dei conta, enquanto não podia falar, o que é o meu pior.
Foi preciso que a vida me deixasse rouca pra eu descobrir o pior de mim.
Foi preciso não poder falar para descobrir o pior do trânsito.
E, sabe o que é pior?
É que eu faço parte dele.
Há quem diga que amores de gaveta nunca morrem; eu diria que eles nunca sobrevivem. Mas a escolha entre carregá-lo em coma induzido ou deixá-lo partir, é da alma de quem sofre, não de quem, pretensiosamente, procura entender.
Seja inconsequente e pague por isso. Fique bêbada e pague a conta. Abra a porta do carro, banque uma rodada de choppe e, quando o dia não for de festa, simplesmente diga não. Diga não sem culpa, mas não sem educação. Seja breve na fala e detalhista no pensamento. Aperte firme a mão das pessoas. Sorria. Seja a frente de batalha da sua vida, sem colete à prova de balas. A vida, minha amiga, não é à prova de imprevistos.
O que acontece quando queremos imputar a pessoas o sentido da palavra "tradição"? Bom... eu poderia dizer sem pestanejar que ocorreria um desastre. Vamos entender porquê?
Polêmica, masoquismo, poder, dominação e submissão: o enredo de "50 Tons de Cinza" que prometia muitas novidades chegou provocando uma onda de decepções, em especial nas mulheres. Mas em meio a um turbilhão de clichês, fica o questionamento que surgiu involuntariamente nas sessões de cinema: até onde vai o limite de dominação do ser humano?