Um sopro: vida
Há tempos, Gonzaguinha procurou traduzir em dizeres o que viria a ser vida. Como se tivesse realizado uma pesquisa, com diversos grupos de pessoas, ele as questionou sobre o significado da palavra vida.
Homens, mulheres, jovens, crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, doentes, pessoas que viveram momentos trágicos...Sim, possibilidades diversas. Gente de várias caras, de múltiplas facetas, para poder desenvolver hipóteses fazendo-se valer da diversidade de opiniões.
Na composição musical “O que é, o que é?”, ele selecionou algumas possíveis respostas que fizeram e fazem parte dos questionamentos diários de um ser humano durante sua existência. Variável com o momento em que cada um se encontra, os seus pensamentos a respeito da vida se multiplicam.
Resposta fechada e certeira, não há. Mas certamente há um tanto de verdade ao dizer que se trata de um sopro do criador.
Um ser maior que cede uma pequenina parte da sua essência, o que já é capaz de gerar vida própria.
A fragilidade já fica implícita nessa expressão. Um sopro, um momento, uma passagem diante de toda extensão do tempo, da eternidade.
Uma questão que paira e, vez ou outra, ronda nossa mente e coração: diante da existência, de duração variável, qual será a nossa contribuição?
Amou sua vida com toda intensidade?
Propagou alegria e esperança por onde caminhou?
Esteve presente de corpo e alma?
Pensou mais nos outros que em ti?
Fez pessoas felizes?
Deixou de julgar o próximo?
Ouviu mais que falou?
Divertiu-se com as próprias atitudes bobas?
Esteve de espírito leve?
Alegrou-se com a simplicidade?
Fez amizades sinceras?
Inspirou-se na natureza?
Agradeceu?
Reflexivas podem ser as respostas e seus desdobramentos no cotidiano que ainda pode estar por vir. Desfrute do que vem a ser a vida!