Luiz Escañuela e a poesia do realismo
Grafite, lápis de cor e aquarela são algumas das ferramentas utilizadas pelo artista brasileiro Luiz Escañuela, 21 anos, para transformar o realismo em poesia. Seu trabalho demonstra um nível cultural e técnico suficientes para surpreender.
As imagens estáticas de filmes como Central do Brasil, A Cor Púrpura e Diários de Motocicleta mostram a bagagem cultural de Luiz. A representação do cinema latino agregado as produções brasileiras mostram a força da cultura nacional. Cenas de filmes como Cidade de Deus, Ó Pai Ó e Carandiru estão representadas de forma poética, em desenhos que vez ou outra nos faz confundir a realidade. O trabalho de Luiz é ainda uma forma de ressaltar como as produções nacionais não foram esquecidas ou deixadas de lado, elas ainda atuam no meio artístico interagindo com a memória e o cotidiano.
As obras possuem um grau de realismo que de forma tão delicada podem ser confundidas com uma fotografia. Um retrato de Jared Leto, como Rayon, do filme Clube de Compras Dallas chama a atenção em sua página na rede social Facebook, assim como um retrato do escritor Gabriel García Marquez, feito com grafite e carvão. As técnicas estão em constante aperfeiçoamento e mostram de forma inevitável o talento de Luiz.