Fotografias entrecortadas pelo silêncio das Palavras da Natureza
Se em algum momento de displicência, sensibilidade e desprendimento interior, alguém parar um segundo, somente um segundo, para ouvir o correr das águas, o trinado dos pássaros, o farfalhar das folhas e sentir a brisa fresca refrigerando o seu rosto e esvoaçando os seus cabelos; pois saibam todos, que sou eu expressando as épicas poesias não escritas pelos poetas da natureza!
As matas, as florestas e as árvores representavam a imensa vastidão da cor verde que os humanos diziam ser a cor da esperança; entretanto, os desumanos as destruíram para transformá-las em papéis e neles escrever os seus vazios pensamentos e as suas desesperanças existenciais. Como consequência, humanos e desumanos desconhecem piamente uns aos outros, embora habitem e usufruam do mesmo território que por enquanto está amarelado pelo tempo; porém, com fortes prenúncios de ser tomado pelo manto cinzento-enegrecido.


Tenho sede. Dai-me um gole d`água límpida e cristalina e livre-me da secura dos dejetos que descem em cascatas à décadas e mais décadas das chaminés e esgotos urbanos; pois somente a minha autodepuração não é suficiente para o meu reestabelecimento, o que leva séculos para acontecer. Terei mesmo que nadar em rasas nascentes e vazios mananciais?


A arte genuína, benevolente e enaltecedora à natureza, não tem residência que lhe sirva de abrigo. Faz morada nas mãos e por onde viaja a ingênua e despretensiosa criatividade do artista.
Para as espécies polinizadoras, todo segundo exala perfume e labor. Beleza primaveril: melífero sabor em flor!
Apreciar a Natureza com toda sua exatidão milimétrica e interatividade entre os seus componentes é desprender de si e conectar-se com o Criador. A máxima e exata Criação, excluindo a humana, é a mais sublime, o etéreo de toda a Criação divina!

Autorevelação: Palavras e poesia em uma fotografia!
Nada seria possível se o multicolorido arrebol crepuscular não aparecesse no final de tarde, fechando o dia e desejando uma boa noite para quem irá dormir respirando solícitos sonhos!
Permita a pergunta: como estas Fotografias entrecortadas pelo Silêncio das Palavras da Natureza, as quais tenho o privilégio de fazer parte, foram parar no Obvious, oferecendo leitura e reflexão ao ilustre apreciador das letras?
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Notas: fotos de propriedade exclusiva do autor do artigo.
Não posso deixar de agradecer os artistas e protagonistas das fotos; pois, assim que viam o disparo e ouviam o "click" da máquina, abaixavam-se para não ser manchete no Obvious. Agradeço pela oportunidade e embora sabendo que não os atingirão, dedico esse artigo aos heróis da Terra e do solo; sobretudo, pessoas simples e humildes devem ser valorizadas e respeitadas, sempre!
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Em cada pedaço miúdo de orgãos, tecidos, pulsar do coração, sangue na face e veias saltadas de cada um dos senhores, via a anatomia dos meus antepassados. Sem vocês, a fome se alastraria ainda mais pelo mundo; afinal, ela está se tornando um bem material! Bravas fisionomias enrugadas, mãos calejadas e peles queimadas pelo sol; vincos e marcas físicas que poucos homens modernos querem ter em seus corpos, mas que usufruem desmedidamente o que por eles são produzidos!!