Vencer a si mesmo
Para alcançar o Bem, ele buscou conhecer e explorar a verdade. A maior verdade: o conhecer a si mesmo. Ele conquistou o governo de si mesmo e sobre si mesmo. Vencer a si. Vencer os ódios e as vinganças. Vencer o medo e a fúria. Assim, ele conquistou as vitórias mais extraordinárias.
Assim, no dia em que ocupou o campo de batalha do inimigo, já era um "mestre das armas". O “meu adversário sou sempre eu mesmo”, repete incansavelmente. “Conhecer a si mesmo e escolher o próprio caminho”.
Diz o poeta britânico John Milton acerca disso: “aquele que reina dentro de si, as regras das paixões, desejos e medos, é mais do que um rei”.
Para alcançar o Bem, ele colocou em prática também os chamados Três Preceitos de Ouro ou Regras de Ouro (comuns a todas tradições espirituais):
1) Nunca fazer o mal – escolha fundamental e imprescindível para evolução da civilização humana.
2) Sempre fazer o bem – não importa a quem. Alguns de nós queremos fazer o bem apenas a nós mesmos ou a algumas pessoas escolhidas, queridas e próximas.
3) Sempre fazer o bem a todos os seres – cada criatura deve ser respeitada e tem direito à vida com qualidade (base dos ensinamentos de Buda).
Nesse sentido, na tradição espiritual do budismo, as causas de nosso carma prejudicial são a ganância, a raiva e a ignorância – “três venenos que podem se misturar causando outras emoções e sentimentos prejudiciais a nós e à vida de outros seres. Portanto, é preciso estar atento e não se deixar envenenar. Usar os antídotos da doação, da compaixão e da sabedoria para evitar o carma prejudicial e produzir o carma benéfico” (Monja Coen).
Ou seja, "faça o seu melhor. Procure a perfeição em si mesmo para chegar à excelência. Trate todos os seres da maneira como quer ser tratado – com respeito e inclusão" (Monja Coen).