Existem culturas e culturas, memórias, hábitos, costumes e tudo o que se configure na alma do lugar, nas características essenciais. O que mais surpreende, como num filme de suspense, é que ao passo que temos mais acesso ao mundo, sua multiplicidade e cumplicidade, mostras de todo sadismo, despudor, liberdade, invenções, ainda parece que estamos vivendo como nossos pais. Como diz a letra de Belchior: “Minha dor é perceber/ Que apesar de termos/ Feito tudo, tudo/ Tudo o que fizemos/ Nós ainda somos/ Os mesmos e vivemos/ Ainda somos/ Os mesmos e vivemos/ Ainda somos/ Os mesmos e vivemos/ Como os nossos pais...”.