Padrão a ser quebrado!
Todos os habitantes do planeta Terra fazem parte do mesmo rebanho? Essa resposta é para ser facilmente respondida, mas tem um “porém”, ou alguns. A sociedade sempre seguiu alguns padrões, seja de beleza, ou de comportamento, ou de educação, ou de moral. Enfim, sempre foram ditadas algumas regras para o bom convívio em grupo. Ok, tudo certo, afinal é necessário estabelecer algumas regras para que a sociedade possa interagir de uma maneira saudável, com respeito, com educação e com tolerância.
Quando se fala em beleza, o assunto muda de figura, literalmente. Já se evoluiu um pouco, mas ao longo do tempo sempre houve um padrão que era dominante. Quem nunca viu uma pintura antiga com uma musa rechonchudinha?
O padrão foi se alterando ao passar dos séculos, mas sempre teve um tipo de preferência.
Hoje, este padrão está cada vez mais rígido, difícil de ser alcançado. Representado por um pequeno número de mulheres da população mundial. Uma pesquisa aponta que sete em cada dez mulheres brasileiras sentem a pressão para ser bonita.
Mas quem se enquadra em todas essas características? A grande maioria da população feminina brasileira é bem diferente. Não faz parte da realidade. Isto tem gerado sérios problemas de aceitação, inclusão, autoestima, distúrbios alimentares... Entre tantos outros. Esse padrão precisa ser mudado! Para representar a nossa verdade e se enquadrar dentro da nossa diversidade. Que é a palavra mais certa para definir a população brasileira.
Diversidade.
Tantas são as nossas cores, nossos biótipos, cabelos, corpos...Um só padrão não nos representa.
É uma luta que está começando a ser percebida. Quem tem que mudar este cenário é quem consome. Porque a partir do momento que se adquire marcas que respeitam as singularidades de cada pessoa, o jogo pode virar. E, já existem marcas que estão investindo nesta pluralidade. Criando campanhas que abrangem tipos diferentes beleza, respeitando formas, cores, cabelos. As pessoas precisam se sentir representadas por uma imagem que se assemelhe a elas. Precisam encontrar produtos que são úteis e tenham uma função real. Precisam de roupas que sirvam.
Esse padrão quer pasteurizar as pessoas, deixar todas com a mesma aparência, como bonecos. Produção em série. Ter que ter uma determinada altura, um certo peso, um tipo de cabelo. Pertencer a um grupo! E se for diferente, não presta? Não! A realidade é bem o contrário. Mulheres comuns, que batalham pela sobrevivência diária, não se encaixam dentro deste padrão que não nos pertence.
A função da mídia não é só vender! É também ter uma visão do bem estar coletivo. Onde a sociedade se sinta representada e satisfeita com aquilo que deseja consumir.
Essa mudança de conceito pode começar pela valorização das diferenças de cada ser humano e por uma nova atitude de comportamento.
Acreditar que cada pessoa tem o seu valor, cada beleza tem a sua graça e que o melhor da vida e conviver com as diferenças.
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