Pontos de vista cinematográficos
Supercut é o termo utilizado para descrever a montagem de clipes que evidenciam essas preferências na hora de filmar. No início deste ano, um usuário do Vimeo que prefere manter-se anônimo, sendo conhecido apenas pelo seu username, Kogonada, postou no seu canal uma série de vídeos que nos mostram as escolhas de alguns dos diretores mais conhecidos do cinema. É impressionante perceber como são fortes e determinantes dentro da obra de cada autor a escolha por ponto de vista específicos. Veja abaixo alguns dos clipes feitos por Kogonada.
1. Kubrick - Perspectiva de um ponto central.
Kubrick // One-Point Perspective from kogonada on Vimeo
Stanley Kubrick é o diretor de filmes como Laranja Mecânica, O iluminado (Shining, em Portugal) e 2001: Uma Odisseia no Espaço (2001: Odisseia no Espaço, em Portugal) o que podemos perceber na montagem acima é a sua preferência pela câmera fixa em um ponto central da tela, evidenciando sempre o espaço que envolve os personagens.
2. Tarantino - De baixo para cima
Tarantino // From Below
Quentin Tarantino dirigiu, entre outros, Pulp Fiction (Pulp Fiction - Tempos de Violência, no Brasil), Kill Bill e Bastardos Inglórios (Sacanas Sem Lei, em Portugal). Em todos eles há a câmera de baixo para cima, como se o expectador fosse colocado no lugar de um dos personagens.
3. Wes Anderson - De cima para baixo
Wes Anderson // From Above from
Wes Anderson é um dos diretores mais criativos de Hollywood, entre seus filmes estão: Os Excêntricos Tenenbaums (Os Tenenbaums - Uma Comédia Genial, em Portugal), A Vida Marinha com Steve Zissou (Um Peixe Fora de Água, em Portugal)e Moonrise Kingdom. O diretor muitas vezes é acusado de criar personagens com os quais os expectadores não conseguem criar empatia, mas o ponto de vista que ele mais usa nos seus filmes vem na contramão dessa ideia, já que o expectador é levado a experimentar a visão do próprio personagem.
Algumas pessoas gostam, outras acham que esse uso indiscriminado de certos ângulos acaba criando maneirismos desnecessários. Eu sou do time dos que gostam, acho que são estas escolhas e outras tantas que nos fazem criar paixão por certos diretores. E você o que acha?
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