É senso comum atribuir duração ao amor e fugacidade a paixão. Há quem diga, inclusive, que da paixão, passageira que é, pode conceber o amor, que chega para ficar. Além dessas crenças relativas a temporalidade, existem ainda as narrativas que trazem certas hierarquias no que diz respeito ao amor sendo superior a paixão. Tenho pensado e vivido fortemente sobre isso. Aliás, essas narrativas parecem apenas tangenciar superficialmente as relações entre o amor e a paixão, e mesmo subestimar a temporalidade da paixão.