Crise migratória e os Clandestinos
CLANDESTINO A palavra provém do latim ‘clandestinus’, formada nessa língua a partir de ‘clam’ (em segredo, de forma oculta), como em Plauto ‘clam uxore mea’ (às escondidas de minha mulher). ‘Clam’, por sua vez, tinha origem na raiz indo-europeia ‘kla-‘ (ocultar, esconder).
Manu Chao
Eu só vou com minha dor
sozinho é minha sentença
Correr é o meu destino
contornar a lei
perdido no coração
da grande babilônia
eles me dizem o clandestino
por não levar papel
para uma cidade do norte
Eu fui trabalhar
Eu saí da minha vida
Entre Celta e Gibraltar
Sou uma linha no mar
fantasma na cidade
minha vida é proibida
diz a autoridade
Eu só vou com minha dor
sozinho é minha sentença
Correr é o meu destino
por não levar papel
perdido no coração
da grande babilônia
eles me dizem o clandestino
Eu sou lei de falências
mão negra...
O termo clandestinidade designa a situação em que uma pessoa vive quando se encontra fora da legalidade. Geralmente, referem-se a alguém que reside num país que não é o seu, ou que terá saído do seu próprio país pelos mais diversos motivos. Pode também referir-se a alguém que comete crimes e que se encontra em fuga às autoridades.
Em regimes ditatoriais, a clandestinidade é uma das poucas formas de se conseguir exercer oposição às políticas impostas pelo partido no poder, exigindo na maior parte das vezes uma situação bastante precária, não havendo direito a documentos de identificação oficiais, ignorando assim a existência do indivíduo perante o estado.
Diz-se que, o que é clandestino, normalmente se faz às escondidas, evitando cair no conhecimento público.É frequente se ler nos jornais referências a organizações clandestinas ou destilarias clandestinas, entre muitas outras, mas também se classifica como relações clandestinas aquelas que duas pessoas mantêm de forma oculta, à margem de seus matrimônios estáveis.
O mundo enfrenta uma grande crise migratória, onde milhares de imigrantes buscam asilo, em diversos países da UE (União Européia), enfrentam perigos todos os dias ao atravessar o Mar Mediterrâneo em botes infláveis e pequenos barcos com superlotação.
Pouco mais de 300 mil pessoas fazem essa travessia, arriscando-se para ter uma vida melhor longe de perseguições, guerras civis ate mesmo da fome. Mesmo sem saber se serão aceitos nesses países eles se arriscam, muitos não conseguem concluir esse trajeto, cerca de 300 imigrantes se afogaram este ano ao tentar atravessar o Mar Mediterrâneo pois é considerada uma das travessias mais perigosas.
No entanto, o Estados Unidos se comprometeu a receber em média 15 mil refugiados de todo mundo no próximo ano e também aumentará essa demanda em 2017 para 100 mil imigrantes. Disse o secretário de Estado John Kerry.
Enquanto o Estados Unidos abre as portas para demanda a Hungria ergue portões de aço e cercas na fronteira com a Croácia para fechar as rotas que seus vizinhos utilizam para desembarcar milhares de pessoas de forma clandestina.
Porém os países já não querem receber imigrantes, muitos europeus estão desempregados e temem a concorrência de empregos com estrangeiros, assim muitos países da União Européia acabam se desentendendo por acreditarem não ter condições de receber-los.
Diante desses fatos é possível afirmar que a melhor solução para essa crise, seria um país ajudar o outro gerando mais empregos para a população local visando melhorar o empreendimento, garantindo o emprego para os europeus e gerando novas vagas também para os que migram para esses países sem afetar uns aos outros.
A crise não acabará e não terá solução se não houver união, muitas pessoas morrerá até que se chegue a um acordo.
Fluxo migratório atingiu níveis críticos ao longo de 2015, com um aumento exponencial (de centenas de milhares de pessoas) tentando entrar nos chamados países com melhores oportunidades e solicitando asilo, fugindo de seus países, devido a guerras, conflitos, fome, intolerância religiosa, terríveis mudanças climáticas, violações de direitos humanos, desesperança e outros, e somando-se a tudo isso, uma ação massiva de intimidamento, violência e opressão executadas por grupos que controlam o tráfico ilegal e exploram esses migrantes totalmente vulneráveis.